Eu paro e olho ao meu redor, vejo coisas que não me fazem sentir motivação
em reproduzi-las. Ando pelas ruas e não me encanto com o que vejo, nada me
instiga. Vejo garotas esnobes, disputando o nível mais alto de popularidade,
com seus sapatos de salto, suas bolsas de grife e uma mera hipocrisia. Vejo
garotos desapaixonados à procura de conquistas, movidos pelo desejo de “curtir
a vida” sem se preocupar com o amanhã. Vejo adultos estressados, cheios de
preocupações com números, contas e responsabilidades. Vejo crianças fazendo
birra para conseguir que seus pais cedam a seus caprichos sem sequer saberem o
que significa capitalismo. Vejo filhos que confrontam com seus pais, na busca
de “liberdade”. Vejo pais sem voz ativa para com seus filhos, perdendo-os para
as drogas e a violência. Vejo idosos, sendo esquecidos em” casas de repouso”,
porque seus filhos não têm tempo para sequer lembrar, que eles ainda existem.
Vejo relacionamentos desfeitos, muitas vezes por falta de um simples diálogo.
Vejo amores que se vão e que chegam, e o quanto as pessoas os perdem, sem ter
tido os experimentado de verdade. Vejo amizades que se baseiam no que os outros
têm, e não no que realmente são.
Vejo indivíduos sendo vítimas de
um sistema onde todos buscam se adequar a um certo padrão, onde as pessoas
procuram a felicidade em vitrines de lojas, carros luxuosos, e até nas redes
sociais. Objetos de alto valor aquisitivo que em nada nos satisfazem, pois
nunca estamos plenamente satisfeitos com o que temos. E é nisso que as pessoas
se empenham: Ter para ser. Muitas vezes essa tal felicidade se encontra num
simples sorriso, num abraço demorado, ou até no silêncio no nosso coração. Mas
será possível, que temos que continuar a ver tanta futilidade e desamor nas
pessoas sem nos importar com nada? Até quando manteremos essa venda nos olhos e
deixaremos de perceber a felicidade que passa por nós todos os dias e muitas
vezes a deixamos escapar por não enxergarmos sua simplicidade? Pense nisso!!!
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