Era um garoto que como eu gostava
de Engenheiros do Hawaí,tocava violão e tinha muitos sonhos.Nos
conhecemos,talvez num acaso da vida, ou numa simples situação cotidiana.Éramos
uma perfeita simetria,duas metades iguais,dois mundos em um.O fato é que,nunca
esquecemos um do outro desde que nossos olhares mudaram de direção.
Ele gostava de números tanto quanto eu gostava de palavras,seus
olhos eram verdes tanto quanto os meus eram castanhos.Éramos dois naquela
esquina, em busca de uma “infinita highway” e daí não fomos poupados daquele
encontro.Era como se eu soubesse onde estava a saída e não conseguisse
encontrá-la, você me deixou sem escolha e me levou de mim mesma. Eu tentei
ficar mas, seu sorriso me encantou e me motivou
a seguir em frente, só pra poder descobri-lo.Com ele vieram outros
lugares,novos sorrisos e alguns discos de bandas, que até então eu não
conhecia.Eu fiz daquele mundo a minha inspiração e do seu olhar o meu
horizonte.Ele me falou dos seus segredos e eu dos meus, e até nossos segredos se pareciam.
Não havia nada que pudesse ser
mudado, se não fosse pela sua vontade de ir até o fim pelos seus sonhos,mesmo
que fosse preciso nos esquecer,eu já sentia o peso do adeus naquele abraço e a distância
naquelas poucas palavras.Já não se refletia a igualdade entre nós e as
diferenças se mostraram drásticas.Ele tinha que seguir em frente e partir,e eu
tinha que ficar e sofrer com sua ausência.E foi o que eu fiz.
A vida nos aproximou de maneira diferente,mas
nossos olhares já não se cruzam,ele sorri em outra direção e seus segredos já
não me pertencem.Seus caminhos mudaram mas, seus sonhos ainda são os mesmos,e
nós somos apenas um doce lembrança do outono.Talvez um dia nos reencontremos em
qualquer lugar,qualquer esquina ou até mesmo em nossa infinita highway .Não
importa pra onde vamos,só precisamos ir.
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